Automóveis incríveis 3: A história do Alpine A110 Renault
3 participantes
Página 1 de 1
Automóveis incríveis 3: A história do Alpine A110 Renault
O que seria do mundo sem os entusiastas? Alguns tornaram-se famosos, porém, outros caíram no esquecimento apesar da influência que tiveram em seus respectivos campos de trabalho. Uma dessas pessoas foi Jean Redélé, verdadeiro amante de carros esportivos e filho de um agente da Renault em Dieppe (França).
Em 1954, Redélé ganhou a Copa dos Alpes com um Renault 4CV preparado. Um ano depois , iniciou a construção de um pequeno cupê esportivo como motor traseiro, batizado de Alpine Mille Miles; também fundou uma empresa chamada Société des Automobiles Alpine.
O desenho de Michelotti
Seu primeiro carro, o A106, tinha um motor Renault de 4 cilindros e 750 cc, o qual desenvolvia potência original de 21 CV, e preparado, de 38. Sobre um chassi plano e a partir do desenho de Michelotti, montou o cupê de dois lugares. Um ano depois, equipou o carro com um motor Dauphine de 850 cc e posteriormente, utilizou um motor de 904 e 908 cc. Em 1957, o modelo conversível A108 é lançado, e dois anos depois, foi a vez do Sport. O novo chassi havia sido construído ao redor de uma estrutura central, no lugar da do tipo "bandeja" da Renault. Com o nome Berlinette Tour de France, este modelo começou a chamar a atenção das pessoas e tornoun famoso o nome Alpine.
Fracasso em Le Mans
O ano de 1963 foi muito importante para a Alpine: o modelo A110 foi lançado no mercado e, pela primeira vez, a escuderia participou do circuito das 24 Horas de Le Mans - seus três carros tiveram que abandonar a corrida. O A110 era uma máquina ágil e bela, que tinha uma carroceria de fibra de vidro montada sobre o chassi central. De fato, o carro era um foguete. o interior era mais amplo que o dos primeiros modelos e a parte mecânica procedia do Renault R8. Durante vários anos a cilindrada foi de 1.100-1.300 cc e a potência efetiva de 65-120 CV. A versão mais potente era capaz de superar os 200 km/h. O A110 tornou o nome Alpine muito famoso no mundo do motor; a produção aumentou de 100 unidades em 1963 para 600 em 1969.
Sucesso em Le Mans
Como já foi dito, a Alpine fracassou em Le Mans em 1963. Porém, em 1964, a equipe ficou qualificada em 17º, 20º e 25º lugar, ganhando a Coupe Annuelle à l'Indice au Rendement Energetique (Prêmio Anual ao Automóvel de Melhor Rendimento de Combustível); uma invenção tipicamente francesa, pois a França precisava de carros capazes de competir com feras como Ferrari e Aston Martin.
O Alpine A110/A220 obteve bons resultados e ganhou vários prêmios na sua categoria, embora nunca pôde competir em igualdade com o Matra e o Porsche. Em 1969 a escuderia abandona os autódromos para se concentrar nos ralis.
O controle da Renault
A "Automóveis Alpine" era uma empresa independente, porém as competições eram controladas pela Renault. Embora de forma extra-oficial, na verdade, a equipe de competição da Renault era formada pela Alpine; todos sabiam que se os carros Alpine vencessem uma competição, os "louros" iriam para a Renault, porém se o resultado fosse negativo, o responsável era Jean Redélé.
Entretanto, o que a Alpine precisava era participar de ralis: em 1968, seus pilotos venceram o checo e o alpino. Em 1969 conquistaram os três primeiros lugares na Copa dos Alpes. Naquele ano, a série de cilindradas era de 1.300, 1.400 ou 1.600 cc.
Um magnífico carro de ralis
O Alpine A110 foi um pequeno grande carro de corrida, capaz de manter uma longa distância de seus rivais em circuitos tortuosos - talvez com exceção do Porsche 911, que era muito veloz. O ápice de sua carreira foi no Rali de Monte Carlo, quando obteve os 1º, 2º e 3º lugares como o sueco Ove "Paven" Andersson. Em 1971, a Alpine também venceu o Campeonato do Mundo de Ralis; em grande parte pelas vitórias de Ove Andersson, mas também pelo forte apoio financeiro da Renault. A equipe de pilotos da Alpine contava com nomes famosos como Jean Luc-Therier, Bernard Darniche e Jean-Pierre Nicholas.
O modelo A110 foi fabricado até 1977, ano em que já haviam sido fabricadas 8.203 unidades. Atualmente, é muito raro ver um exemplar circulando pelas estradas. O nome Alpine permanece na memória, mas não na de muitas pessoas, e quando o nome Jean Redélé é mencionado, a maioria dos amantes do mundo motor sequer ouviu falar... A menos que sejam franceses, é claro!
O Alpine vencedor em Monte Carlo
Ficha Técnica: Alpine Renault A110
A marca Renault Alpine A110 é utilizada sob licença do seu proprietário: Renault
retirado de AUTO COLLECTION. Edições Del Prado, São Paulo: 1999
Em 1954, Redélé ganhou a Copa dos Alpes com um Renault 4CV preparado. Um ano depois , iniciou a construção de um pequeno cupê esportivo como motor traseiro, batizado de Alpine Mille Miles; também fundou uma empresa chamada Société des Automobiles Alpine.
O desenho de Michelotti
Seu primeiro carro, o A106, tinha um motor Renault de 4 cilindros e 750 cc, o qual desenvolvia potência original de 21 CV, e preparado, de 38. Sobre um chassi plano e a partir do desenho de Michelotti, montou o cupê de dois lugares. Um ano depois, equipou o carro com um motor Dauphine de 850 cc e posteriormente, utilizou um motor de 904 e 908 cc. Em 1957, o modelo conversível A108 é lançado, e dois anos depois, foi a vez do Sport. O novo chassi havia sido construído ao redor de uma estrutura central, no lugar da do tipo "bandeja" da Renault. Com o nome Berlinette Tour de France, este modelo começou a chamar a atenção das pessoas e tornoun famoso o nome Alpine.
Fracasso em Le Mans
O ano de 1963 foi muito importante para a Alpine: o modelo A110 foi lançado no mercado e, pela primeira vez, a escuderia participou do circuito das 24 Horas de Le Mans - seus três carros tiveram que abandonar a corrida. O A110 era uma máquina ágil e bela, que tinha uma carroceria de fibra de vidro montada sobre o chassi central. De fato, o carro era um foguete. o interior era mais amplo que o dos primeiros modelos e a parte mecânica procedia do Renault R8. Durante vários anos a cilindrada foi de 1.100-1.300 cc e a potência efetiva de 65-120 CV. A versão mais potente era capaz de superar os 200 km/h. O A110 tornou o nome Alpine muito famoso no mundo do motor; a produção aumentou de 100 unidades em 1963 para 600 em 1969.
Sucesso em Le Mans
Como já foi dito, a Alpine fracassou em Le Mans em 1963. Porém, em 1964, a equipe ficou qualificada em 17º, 20º e 25º lugar, ganhando a Coupe Annuelle à l'Indice au Rendement Energetique (Prêmio Anual ao Automóvel de Melhor Rendimento de Combustível); uma invenção tipicamente francesa, pois a França precisava de carros capazes de competir com feras como Ferrari e Aston Martin.
O Alpine A110/A220 obteve bons resultados e ganhou vários prêmios na sua categoria, embora nunca pôde competir em igualdade com o Matra e o Porsche. Em 1969 a escuderia abandona os autódromos para se concentrar nos ralis.
O controle da Renault
A "Automóveis Alpine" era uma empresa independente, porém as competições eram controladas pela Renault. Embora de forma extra-oficial, na verdade, a equipe de competição da Renault era formada pela Alpine; todos sabiam que se os carros Alpine vencessem uma competição, os "louros" iriam para a Renault, porém se o resultado fosse negativo, o responsável era Jean Redélé.
Entretanto, o que a Alpine precisava era participar de ralis: em 1968, seus pilotos venceram o checo e o alpino. Em 1969 conquistaram os três primeiros lugares na Copa dos Alpes. Naquele ano, a série de cilindradas era de 1.300, 1.400 ou 1.600 cc.
Um magnífico carro de ralis
O Alpine A110 foi um pequeno grande carro de corrida, capaz de manter uma longa distância de seus rivais em circuitos tortuosos - talvez com exceção do Porsche 911, que era muito veloz. O ápice de sua carreira foi no Rali de Monte Carlo, quando obteve os 1º, 2º e 3º lugares como o sueco Ove "Paven" Andersson. Em 1971, a Alpine também venceu o Campeonato do Mundo de Ralis; em grande parte pelas vitórias de Ove Andersson, mas também pelo forte apoio financeiro da Renault. A equipe de pilotos da Alpine contava com nomes famosos como Jean Luc-Therier, Bernard Darniche e Jean-Pierre Nicholas.
O modelo A110 foi fabricado até 1977, ano em que já haviam sido fabricadas 8.203 unidades. Atualmente, é muito raro ver um exemplar circulando pelas estradas. O nome Alpine permanece na memória, mas não na de muitas pessoas, e quando o nome Jean Redélé é mencionado, a maioria dos amantes do mundo motor sequer ouviu falar... A menos que sejam franceses, é claro!
O Alpine vencedor em Monte Carlo
Ficha Técnica: Alpine Renault A110
Modelo | Alpine A110 Berlinette 1600 |
Motor | traseiro com quatro cilindros |
Cilindrada | 1.565 cc |
Potência Máxima | 138 CV a 6.000 rpm |
Distribuição | eixo do comando de válvulas |
Alimentação | 2 carburadores Weber 45 DCOE |
Câmbio | Manual de cinco marchas |
Tração | traseira |
Susp. dianteira | independente, molas helicoidais e braços |
Susp. traseira | independente, molas helicoidais e braços |
Chassi | reforço central |
Versão | Cupê, fibra de vidro |
Comprimento | 3.850 mm |
Largura | 1.520 mm |
Distância entre eixos | 2.100 mm |
Bitola diant./tras. | 1.296/1.275 mm |
Peso | 635 kg |
Velocidade Máxima | 215 km/h |
0-100 km/h | 8,5 segundos |
Produção total | desconhecida |
A marca Renault Alpine A110 é utilizada sob licença do seu proprietário: Renault
retirado de AUTO COLLECTION. Edições Del Prado, São Paulo: 1999
Lucas Orly- Admin
- Mensagens : 467
Data de inscrição : 18/03/2008
Re: Automóveis incríveis 3: A história do Alpine A110 Renault
Galeria de Fotos:
Na Coppa Milano-Sanremo de 2008
No Retromobile de 2008, o carro vencedor do Rally Monte Carlo
No Geneva Classics de 2007
créditos nas fotos, supercars.net
O Alpine A110 1600S Group 4
créditos das imagens: Wouten Melissen/Ultimate Car Page
E como último presente um pacote de fotos que eu tirei no GT4, usando o Alpine A110 1600S no circuito dos Alpes
nesse caso os créditos são meus mesmo
Na Coppa Milano-Sanremo de 2008
No Retromobile de 2008, o carro vencedor do Rally Monte Carlo
No Geneva Classics de 2007
créditos nas fotos, supercars.net
O Alpine A110 1600S Group 4
créditos das imagens: Wouten Melissen/Ultimate Car Page
E como último presente um pacote de fotos que eu tirei no GT4, usando o Alpine A110 1600S no circuito dos Alpes
nesse caso os créditos são meus mesmo
Lucas Orly- Admin
- Mensagens : 467
Data de inscrição : 18/03/2008
Re: Automóveis incríveis 3: A história do Alpine A110 Renault
Ah os Alpine A110...meu top 10 é esse carro e mais 9...
Alpine A110 da Equipe Willys correndo no RJ
fonte: obvio.ind.br
Alpine A110 da Equipe Willys correndo no RJ
fonte: obvio.ind.br
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|